THOMA, Adriana da Silva e LOPES, Maura Corcini (Org.) (2005). A Invenção da Surdez, Cultura, Alteridade, Identidade e Diferença no Campo da Educação. Santa Cruz do Sul: Edunisc.
SKLIAR, Carlos (2003). Pedagogia (Improvável) da Diferença. E se o Outro não estivesse aí? Rio de Janeiro: DP&A.
Nas palavras do autor: "Para falar de mudanças na educação é necessário (...) um profundo silêncio, uma longa espera (...), deixar-se vibrar pelo outro mais do que pretender multiculturalizá-lo, abandonar a homodidáctica para heterorelacionar-se. E, logo em seguida, é preciso voltar a olhar bem aquilo que nunca vimos ou que já vimos, mas desapaixonadamente. Voltar a olhar bem (...)mais para os rostos do que para as pronúncias, mais para o inominável do que para o nominado. E continuar desalinhados, desencaixados, surpresos, para não continuar acreditando que o nosso tempo, o nosso espaço, a nossa cultura, a nossa língua, a nossa mesmidade significam todo o tempo, todo o espaço, toda a cultura, toda a língua, toda a humanidade."
Como diz Skliar, todos somos em certa medida, outros...
(ver: http://www.dpa.com.br/%5Cdetalhe_produto_dpa.asp?id_produto=12305)
SKLIAR, Carlos (Org) (1998). A Surdez: Um Olhar sobre as Diferenças. Porto Alegre: Ed. Mediação.
Sinopse do editor: Embora trate da educação dos surdos, este livro aborda amplamente a questão da inclusão, provocando o leitor a um outro olhar sobre as diferenças das pessoas. Não é possível sair incólume dessa leitura que nos fala das representações hegemônicas que prevalecem em nossa sociedade, das dimensões políticas perversas que determinam as práticas escolares. É leitura obrigatória em estudos sobre o tema.
(ver: http://www.editoramediacao.com.br/detalhes_livro.php?id=28)
LARROSA, Jorge (2004). Linguagem e Educação depois de Babel. Belo Horizonte: Autêntica.
Sinopse do editor: Neste livro, a relação entre linguagem e educação é tratada de um modo explícito do ponto de vista da pluralidade, e só aqui a encarnação temporal da transmissão educativa está dobrada desde a doação e desde o talvez, quer dizer, desde a diferença e a descontinuidade. Além do mais, nos meus livros anteriores, havia certas dificuldades para tratar da educação de um ponto de vista político. Como se as palavras que conectam educação e política, as que articulam o projeto político da modernidade como um projeto educativo (ou ao contrário), as grandes palavras de liberdade, igualdade e fraternidade (ou comunidade) fossem, para mim, impronunciáveis, como se não soubesse o que fazer com elas, como se não tivessem a ver comigo. Talvez daí a tentativa de fazê-las soar de outra maneira. Por outro lado, existe nestes textos certa vontade de idioma que, ainda que já estivesse presente nos trabalhos anteriores, aqui é muito mais consciente e, parece-me, mais arriscada
Abundante aire fresco, na literatura educacional. Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença areja a comunidade, a língua e o pensamento da Educação. Torna-os dispersos, evanescentes, intercambiáveis, numa palavra: babélicos. Todos deveriam experimentar esse ar, tal é o bem que faz! Agora, sintetizar Babel..., numa Resenha, é uma tarefa difícil, senão uma violência constritora. Só me resta mostrá-la, dá-la a ver.
O livro é composto por dezesseis textos, cheios de erudição e beleza, que nos levam a descobrir o prazer, a poética e a política do plus d’une langue. Aventura de aprender que, por meio de Babel, podemos, em Educação, linguajar com mais de uma língua, com o plus de mais língua, com um basta de uma única língua.
Esses textos-língua são escritos por estudiosos e pesquisadores da Pedagogia, Filosofia, Sociologia, Antropologia, História, Política, Literatura, Música, Estética, Crítica Cultural, etc. Estudiosos que estudam o mundo e trabalham em muitas terras: Espanha, Brasil, Portugal, México, Argentina, Venezuela, Chile. Pesquisadores que, em seus textos, utilizam idéias e conceitos de vários autores, dentre os quais: Nietzsche, Heidegger, Wittgenstein, Levinas, Derrida, Deleuze, Foucault, Baudrillard, Bourdieu, Arendt, Benjamin, Gadamer, Hölderlin, Elias, Bhabha, Lispector, Bauman, Shönberg, Rilke, Blanchot, Hobsbawn, Geertz.
Eles falam de muitas coisas: infância e acontecimento, futuro e porvir, dom e fecundidade, palavra e silêncio. Do mundo interpretado e deserto de Deus e exilado do Eu. Da queda do muro de Berlim. Globalização. Mundialização. Disneylização das cidades. Niilismo S.A. Consciência Humanitária. Presença da diferença, presença bárbara, diferença que perturba. Pathos comunitário das culturas dominadas e etnocentrismo das dominantes. Pretensões totalizadoras. Doutrina do homogeneismo. Xenofobia. Racismo. Integrismo.
Falam de utopia. Comunidades de vontades de poder. Experiências emancipatórias. Vibrações transculturais. Turismo cultural em busca do sentido perdido: mercadoria e sacramento. Obras de arte. Traslados. Imigrações não comunitárias. Hipercrítica às identidades atribuídas pelos outros. Intimidade. Saber e amor femininos. Pedagogia da Diversidade. Educação Especial. Políticas de inclusão escolar dos anormais. Processos de normalização. Uso neoliberal da norma: dominação ampliada...
BRANSON, Jan and MILLER, Don (2002). Damned for their Difference. The Cultural Construction of Deaf People as Disabled. Washington DC: Gallaudet University Press.
In Damned for Their Difference, Jan Branson and Don Miller have written an important and provocative book that contributes to the growing debate in disability history about the nature of difference and how it is culturally defined. (1) Their subject is the "cultural construction of deaf people as disabled" in Britain from the seventeenth-century to the present and to a lesser extent in Australia for the modern period. Branson and Miller, who are both sociologists, contend that earlier writers have seriously misrepresented the history of deaf people in Britain; therefore they view themselves as revisionist researchers. (p. xii) In their study, the authors present a wide-range of historical and cultural evidence from the age of Scientific Revolution to the age of the cochlear implant in an effort to explain why deaf people have been marginalized and treated as disabled.
(Journal article by Anne T. Quartararo; Journal of Social History, Vol. 38, 2004)
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