Segunda-feira, 09.03.09

 

THOMA, Adriana da Silva e LOPES, Maura Corcini (Org.) (2005). A Invenção da Surdez, Cultura, Alteridade, Identidade e Diferença no Campo da Educação. Santa Cruz do Sul: Edunisc.



publicado por Eduardo Cabral às 19:13 | link do post | comentar

Terça-feira, 03.03.09

 

MOURA, Maria Cecília (2000). O Surdo, Caminhos para uma Nova Identidade. Rio de Janeiro: Editora Revinter.

 

Sinopse do editor: Com um estilo claro e envolvente a autora situa o leitor na história da educação do surdo, desde o período greco-romano até nossos dias. Enquanto acompanhamos a história de Ricardo - um rapaz surdo construindo sua identidade, que transforma idéias pré-concebidas e mostra que o fato de ser surdo não o torna mudo, deficiente ou alienado - somos levados a fazer uma reflexão sobre a maneira como reproduzimos preconceitos.

 

(ver: www.revinter.com.br)



publicado por Eduardo Cabral às 18:50 | link do post | comentar

 

LARROSA, Jorge e Skliar, Carlos (Orgs.) (2001). Habitantes de Babel: Políticas e Poéticas da Diferença. Belo Horizonte: Autêntica. pp. 302.
 
Resenha de Sandra Maria Corazza:

Abundante aire fresco, na literatura educacional. Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença areja a comunidade, a língua e o pensamento da Educação. Torna-os dispersos, evanescentes, intercambiáveis, numa palavra: babélicos. Todos deveriam experimentar esse ar, tal é o bem que faz! Agora, sintetizar Babel..., numa Resenha, é uma tarefa difícil, senão uma violência constritora. Só me resta mostrá-la, dá-la a ver.

O livro é composto por dezesseis textos, cheios de erudição e beleza, que nos levam a descobrir o prazer, a poética e a política do plus d’une langue. Aventura de aprender que, por meio de Babel, podemos, em Educação, linguajar com mais de uma língua, com o plus de mais língua, com um basta de uma única língua.

Esses textos-língua são escritos por estudiosos e pesquisadores da Pedagogia, Filosofia, Sociologia, Antropologia, História, Política, Literatura, Música, Estética, Crítica Cultural, etc. Estudiosos que estudam o mundo e trabalham em muitas terras: Espanha, Brasil, Portugal, México, Argentina, Venezuela, Chile. Pesquisadores que, em seus textos, utilizam idéias e conceitos de vários autores, dentre os quais: Nietzsche, Heidegger, Wittgenstein, Levinas, Derrida, Deleuze, Foucault, Baudrillard, Bourdieu, Arendt, Benjamin, Gadamer, Hölderlin, Elias, Bhabha, Lispector, Bauman, Shönberg, Rilke, Blanchot, Hobsbawn, Geertz.

Eles falam de muitas coisas: infância e acontecimento, futuro e porvir, dom e fecundidade, palavra e silêncio. Do mundo interpretado e deserto de Deus e exilado do Eu. Da queda do muro de Berlim. Globalização. Mundialização. Disneylização das cidades. Niilismo S.A. Consciência Humanitária. Presença da diferença, presença bárbara, diferença que perturba. Pathos comunitário das culturas dominadas e etnocentrismo das dominantes. Pretensões totalizadoras. Doutrina do homogeneismo. Xenofobia. Racismo. Integrismo.

Falam de utopia. Comunidades de vontades de poder. Experiências emancipatórias. Vibrações transculturais. Turismo cultural em busca do sentido perdido: mercadoria e sacramento. Obras de arte. Traslados. Imigrações não comunitárias. Hipercrítica às identidades atribuídas pelos outros. Intimidade. Saber e amor femininos. Pedagogia da Diversidade. Educação Especial. Políticas de inclusão escolar dos anormais. Processos de normalização. Uso neoliberal da norma: dominação ampliada...

 
(continua em: http://edrev.asu.edu/reviews/revp2.htm)



publicado por Eduardo Cabral às 18:45 | link do post | comentar

 
LABORIT, Emmanuelle (1994). Le Cri de la Mouette. Paris: Robert Laffont (tr. port. O Grito da Gaivota. Lisboa: Editorial Caminho).
 
Primeiras linhas:

« Les mots sont une bizarrerie pour moi depuis mon enfance. Je dis bizarrerie, pour ce qu'il y eut d'abord d'étrange.
Que voulaient dire ces mimiques des gens autour de moi, leur bouche en cercle, ou étirée en grimaces différentes, leurs lèvres en curieuses positions ? Je " sentais " quelque chose de différent lorsqu'il s'agissait de la colère, de la tristesse ou du contentement, mais le mur invisible qui me séparait des sons correspondant à ces mimiques était à la fois vitre transparente et béton. Je m'agitais d'un côté de ce mur, et les autres faisaient de même de l'autre côté. Lorsque j'essayais de reproduire comme un petit singe leurs mimiques, ce n'étaient toujours pas des mots, mais des lettres visuelles. Parfois, on m'apprenait un mot d'une syllabe ou de deux syllabes qui se ressemblaient, comme " papa ", " maman ", " tata ".
Les concepts les plus simples étaient encore plus mystérieux. Hier, demain, aujourd'hui. Mon cerveau fonctionnait au présent. Que voulaient dire le passé et l'avenir ?
Lorsque j'ai compris, à l'aide des signes, qu'hier était derrière moi, et demain devant moi, j'ai fait un bond fantastique. Un progrès immense, que les entendants ont du mal à imaginer, habitués qu'ils sont à comprendre depuis le berceau les mots et les concepts répétés inlassablement, sans même qu'ils s'en rendent compte. »

 



publicado por Eduardo Cabral às 18:31 | link do post | comentar

Segunda-feira, 02.03.09

 

COELHO, Orquídea; CABRAL, Eduardo e GOMES, Maria do Céu (2004). «Formação de Surdos: Ao Encontro da Legitimidade Perdida», Educação, Sociedade & Culturas n.º 22, 153-181.

 

Abstract: Neste artigo abordamos um pouco da história da educação dos surdos e da sua luta pela emancipação, pela igualdade de direitos, pelo  pleno reconhecimento das suas línguas maternas, as Línguas Gestuais, pelo direito a seres portadores e produtores da sua cultura própria , a construirem uma identidade surda e a assumirem, entre outros o papel de professores/educadores surdos e de agentes transformadores da escola. Ao longo do texto, essas ideias são ilustradas com recuro a vários testemunhos encontrados dispersos na literatura académica e não-académica e, com eles, emerge o facto de (à excepção de pequenos focos) a sociedade maioritária não ter vindo a reconhecer a urgência de uma mudança de paradigma nesta área, promovendo atitudes segregacionistas e educando os surdos numa perspectiva de auto-regulação e de construção de uma identidade ouvinte.



publicado por Eduardo Cabral às 23:26 | link do post | comentar

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